Crimes na Web: destruição de redes críticas supera ações de roubo de dados

07/04/2015 20:34

Um Relatório, realizado pela Trend Micro em parceria com a Organização dos Estados Americanos, divulgado nesta terça-feira, 07/04, mostra que os ciberataques estão cada vez mais direcionados para as infraestruturas críticas. Tanto é assim que 44% dos respondentes alegando terem enfrentado ataques destrutivos, e 40% tendo sofrido tentativas de desligamento do sistema.

Esses números são relevantes uma vez que apenas 60% dos 575 consultados no estudo disseram ter detectado tentativas de roubos de dados, considerados há tempos o principal objetivo dos ataques cibernéticos.O mais destrutivo ataque em solo norte-americano foi o do ano passado contra a Sony Pictures Entertainment, da Sony, que vazou dados das máquinas de Hollywood e deixou algumas de suas redes internas inoperantes.

A pesquisa mostra dados mais preocupantes: 74% das pessoas que responderam à pesquisa dizendo que não se sentem completamente preparadas para enfrentar os ciberataques. Isso não significa, no entanto, que os investimentos para mudar esse cenário aumentaram, mais de 50% dos respondentes afirmam que o orçamento para a segurança digital não aumentou em 2014.
“Essa pesquisa deve servir como um alerta para o fato de infraestruturas críticas terem se tornado um foco especial para os cibercriminosos. Esses grupos têm aumentado os seus ataques ao alavancar campanhas destrutivas contra infraestruturas do Hemisfério Ocidental”, diz Tom Kellermann, chief cybersecurity officer da Trend Micro.

“Os governos nas Américas e em todo o mundo devem reconhecer as vulnerabilidades graves inerentes à infraestrutura crítica e do potencial de consequências graves caso as mesmas não sejam devidamente protegidas”, diz Neil Klopfenstein, secretário Executivo do Comitê contra o Terrorismo da OEA.
“Redes elétricas, estações de tratamento de água, exploração de petróleo e fontes de combustíveis fósseis são sistemas vitais para praticamente toda a sociedade. Este relatório reforça a necessidade de aumentar proteção das infraestruturas críticas em nossos estados membros, enquanto colaboramos e compartilhamos informações para abordar estas questões em conjunto e fomentar um espaço cibernético seguro para o governo, as empresas e os cidadãos da região", completa o executivo.