Tentativas de fraude usando a telefonia chegam a 42,2% em abril, diz Serasa
O uso da telefonia na tentativa de fraudes continua em alta, segundo levantamento da Serasa Experian.
Em abril, respondeu por 68.742 de um total de 162.854 registros de roubo de identidade, totalizando 42,2% do total de tentativas de fraude realizadas, aumento em relação aos 36,5% registrados pelo setor no mesmo mês de 2014.
Economistas da Serasa alertam que a popularização da Internet é um dos fatores que contribui para o aumento no número de tentativas de fraudes. O cadastramento em sites de e-commerce não idôneos, promoções falsas que exigem informações pessoais do usuário, além da solicitação de adesões para campanhas teoricamente sérias ou com apelo forte nas redes sociais são a porta de entrada para o fraudador conseguir os dados de suas próximas vítimas.
No caso da telefonia, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.
Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 45.790 registros, equivalentes a 28,1% do total. No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por 32,3% das ocorrências. O setor bancário foi o terceiro do ranking em abril/15, com 33.653 tentativas, 20,7% do total. No mesmo mês de 2014, o setor respondeu por 21,0% dos casos. O segmento varejo teve 12.265 tentativas de fraude, registrando 7,5% das investidas contra o consumidor em abril de 2015, queda em relação ao percentual observado em abril de 2014 (8,4%). O ranking de tentativas de fraude de abril de 2015 é composto ainda por demais segmentos (1,5%).
De acordo com economistas da Serasa Experian, o aumento anual das tentativas de fraudes contra o consumidor mostra que os fraudadores estão intensificando suas ações, tentando tirar o maior proveito em meio à retração dos consumidores perante o quadro conjuntural econômico mais adverso: inflação alta, juros em ascensão, queda nas vendas a prazo e elevação do desemprego.