De olho nas cidades inteligentes, UIT quer padronizar tecnologias IoT
Os membros da UIT (União Internacional das Telecomunicações) criaram um grupo de estudo para elaborar os requisitos de padronização das tecnologias de Internet das Coisas (IoT) com foco inicial em aplicações dessas plataformas em smart cities.
Para o órgão, a conexão entre terminais móveis, máquinas e sensores deverá interligar cerca de 50 bilhões de dispositivos à rede anualmente até 2020. Esse contexto irá oferecer a países desenvolvidos e em desenvolvidos oportunidades para transformar a infraestrutura de suas cidades, beneficiando ganhos de eficiência dos edifícios inteligentes e sistemas de transporte e redes de água e energia operando também com mais inteligência.
O novo grupo de estudo será responsável pela elaboração de padrões internacional para permitir o desenvolvimento coordenado de tecnologias IoT, incluindo as comunicação máquina-a-máquina e rede de sensores onipresentes. Uma parte importante desse esforço será padronizar as arquiteturas fim-a-fim para a Internet das Coisas e mecanismos para assegurar a operabilidade de aplicações e bases de dados utilizadas pelos vários setores verticais da indústria.
“A construção de cidades sustentáveis inteligentes exigirá a colaboração eficiente entre os setores público e privado”, disse o secretário-geral da UIT Houlin Zhao. “Este novo ITU-T Study Group vai reunir uma seleção diversificada de partes interessadas, colocando a perícia técnica da UIT ao serviço dos outros setores da indústria, bem como as administrações nacionais e metropolitanas responsáveis pelo desenvolvimento urbano”, completou.
Para Chaesub Lee, Diretor do Departamento de Normatização das Telecomunicações da UIT, os próximos cinco anos serão cruciais para garantir que as tecnologias da Internet das coisas cumpram o seu potencial.
Em maio, Dubai tornou-se a primeira cidade do mundo apta a avaliar a eficiência ea sustentabilidade de suas operações utilizando os principais indicadores de desempenho desenvolvidos pelo Grupo ITU-T que tem o foco em Cidades Inteligentes Sustentáveis (FG-SSC). O projeto-piloto de dois anos irá avaliar a viabilidade dos indicadores com o objetivo de contribuir para a sua normatização internacional.