Os trabalhadores da Mitsubishi realizaram uma paralisação na quarta-feira, 1º, em protesto contra as demissões feitas na fábrica de Catalão (GO).
A manifestação ocorreu em razão de cerca de 200 cortes feitos na unidade. Desse total, 29 teriam aderido ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) aberto na semana anterior.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat), os trabalhadores se queixam de “cortes arbitrários e sem critério”, como a demissão de um casal. Ainda de acordo com o sindicato, a Mitsubishi alega a necessidade de fechamento de 400 postos de trabalho em decorrência da queda nas vendas de veículos. O sindicato teria apresentado alternativas como dayoff, layoff, férias coletivas e diminuição de jornada com redução de salário, todas recusadas pela fabricante.
Procurada, a Mitsubishi reconheceu a ocorrência da paralisação pela manhã e informa que parte dos trabalhadores voltou à fábrica à tarde. O sindicato confirma o fato de não ter impedido que ninguém voltasse ao trabalho.
Na manhã da quinta-feira o Simecat realiza assembleia com os metalúrgicos para levar propostas obtidas a partir de uma reunião ocorrida na tarde do dia 1º entre o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Mitsubishi e os líderes sindicais. O resultado dessa assembleia pode pôr fim à paralisação ou dar início a uma greve. A Mitsubishi tem cerca de 3 mil funcionários em Catalão.